quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Avião que transportava a Equipe de Futebol Chapeconse, cai na colombia

Diretor da Lamia: voo poderia parar para reabastecer e plano B complicou

Aeroportos de Cobija e de Bogotá eram alternativas para o avião que conduzia a Chapecoense fazer parada no caminho; veto da ANAC mudou planejamento inicial

Por Medellín, Colômbia
Chapecoense avião embarque Colômbia (Foto: Reprodução)Delegação da Chapecoense em frente ao mesmo avião da Lamia que caiu na Colômbia (Foto: Reprodução)
O plano de voo do avião da Chapecoense que caiu nas proximidades do aeroporto de Medellín nesta terça-feira previa a possibilidade de o avião parar no meio do caminho para abastecer. De acordo com o general boliviano Gustavo Vargas, diretor da empresa aérea Lamia, as cidades de Cobija, no norte da Bolívia, e Bogotá, capital da Colômbia, eram alternativas para aterrissagem caso houvesse necessidade.
O voo fretado da Lamia que terminou em tragédia saiu de Santa Cruz de la Sierra com destino a Medellín. Antes disso, a delegação da Chapecoense pegou um voo comercial de São Paulo até Santa Cruz. Este, no entanto, foi o plano B da equipe catarinense. A ideia inicial era viajar com a Lamia desde o Brasil até a Colômbia, com uma parada para reabastecer na Bolívia. Porém, a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) vetou o fretamento, pois de acordo com regras da aviação, uma empresa da Bolívia não pode fazer um voo do Brasil para a Colômbia, apenas companhias dos dois países envolvidos teriam a autorização.
- O voo poderia fazer uma parada técnica, com a possibilidade de se reabastecer de combustível, no município de Cobija, no extremo norte da Bolívia, mas isso não ocorreu. De Santa Cruz, teria que ir a Cobija, e de lá para Medellín. Mas eles foram direto para Bogotá, e aí o capitão teria que ver a possibilidade de seguir ou aterrissar. Era de noite. Por essa negação do Brasil tudo se complicou um pouco. Deveríamos sair do Brasil, entrar na Bolívia mais ao norte e ir para Medellín, mas o Brasil não nos deu essa autorização - disse Vargas, em entrevista ao jornal colombiano El Tiempo.

Apesar de alertar que o veto da ANAC dificultou e causou a mudança do planejamento inicial, o diretor da Lamia destacou que o piloto e dono da empresa boliviana, Miguel Alejandro Murakami, era experiente e confiável para traçar uma nova rota. O desastre aéreo deixou 71 mortos e seis feridos, entre jogadores do time brasileiro, membros da comissão técnica, dirigentes convidados, jornalistas e tripulação.
- Pelo visto, se o piloto continuou é porque podia. Continuou e aconteceu esta catástrofe que nos machuca muito. Mas se ele considerava que não tinha combustível, ele teria que ir até Bogotá para reabastecer. O aeroporto de Bogotá, de acordo com o plano de voo, era a alternativa para qualquer coisa. Antes de passar por Bogotá ele tinha de tomar a decisão, se estava com combustível teria que seguir, mas se havia algo errado com o combustível deveria parar - explicou Gustavo Varga

Fonte: Globo esporte.com

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