Empresa enfrenta prejuízos bilionários desde 2012.
Após
o leilão da distribuidora de energia que atende consumidores de Goiás
(Celg-D), marcado para agosto, o governo deve promover a concessão das
distribuidoras de energia de Alagoas (Ceal) e do Piauí (Cepisa), afirmou
o ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho Filho.
Segundo ele, as distribuidoras de Alagoas e Piauí são as “menos complicadas”. O governo também pretende conceder à iniciativa privada as distribuidoras que atendem Acre, Rondônia e Roraima.
Essas empresas de distribuição são atualmente controladas pela estatal Eletrobras, que enfrenta prejuízos bilionários desde 2012.
“Primeiro, queremos ver o resultado [do
leilão] da Celg. Mas já tem um grupo trabalhando para fazer um
cronograma de leilões. […] Depois da Celg, […] Ceal e Cepisa são as
menos complicadas”, disse.
O edital
do leilão da Celg-D foi publicado um dia depois de o governo do
presidente em exercício, Michel Temer, publicar uma medida provisória
que muda as regras para a privatização de empresas de energia.
As alterações, segundo o Ministério de
Minas e Energia, contribuem para desburocratizar os leilões de
transferência de controle e também permitirão a redução de
questionamentos na Justiça.
Uma das mudanças é que, a partir de
agora, em vez de checar previamente se todos os inscritos estão aptos a
participar de um leilão, essa verificação será feita apenas com a
empresa vencedora. Se não estiver habilitada, a seguinte será
classificada, e assim por diante.
Belo Monte
Além de leiloar distribuidoras, o governo também já anunciou que pretende vender a participação da Eletrobras em empresas do setor elétrico, como usinas de geração (hidrelétricas, termelétricas), transmissoras e distribuidoras de energia para ajudar a estatal a sair de uma situação que o ministro classificou como “extremamente delicada”.
Além de leiloar distribuidoras, o governo também já anunciou que pretende vender a participação da Eletrobras em empresas do setor elétrico, como usinas de geração (hidrelétricas, termelétricas), transmissoras e distribuidoras de energia para ajudar a estatal a sair de uma situação que o ministro classificou como “extremamente delicada”.
“A Eletrobras está em situação
extremamente delicada e precisa de recursos para poder sanar os
problemas. Nós temos uma dificuldade grande do ponto de vista de o
governo fazer aportes neste momento. Então, temos de encontrar
soluções”, explicou.
Segundo Bezerra, já foram mapeadas 179 Sociedades
de Propósito Específico (SPE) com participação da Eletrobras que podem
ser vendidas por até R$ 20 bilhões. Não estão incluídas participações em
empreendimentos “simbólicos”, como a usina de Belo Monte, Jirau e Santo
Antônio.
Para o ‘futuro’, no entanto, o ministro
não descarta a possibilidade de vender, pelo menos em parte, a
participação da Eletrobras na usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.
“É muita coisa [a participação do
governo em Belo Monte]. Talvez a gente possa diminuir a participação lá
no futuro. Isso não está no radar porque tem coisa mais simples para ser
encaminhada antes”, afirmou. O grupo Eletrobras tem uma participação de
49,98% em Belo Monte.
Só no primeiro trimestre deste ano, a
Eletrobras registrou prejuízo líquido de R$ 3,894 bilhões. Nos três
meses anteriores, as perdas foram de R$ 10,44 bilhões, impactadas pelo
reconhecimento de baixas contábeis em ativos, principalmente a usina
nuclear de Angra 3, e provisões bilionárias.
Greve
Questionado sobre a greve dos funcionários da Eletrobras, o ministro disse que é um “direito”, mas que a situação da empresa exige “esforço de todo mundo”.
Questionado sobre a greve dos funcionários da Eletrobras, o ministro disse que é um “direito”, mas que a situação da empresa exige “esforço de todo mundo”.
“Não dá para achar que a empresa tem
condição de fazer tudo quando ela está fazendo o maior exercício para
continuar de pé”, disse.
Fonte: Riachãonet
Fonte: G1
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