sexta-feira, 4 de março de 2016

Desperdício de alimentos no Brasil chama atenção de Iracema Portella

Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), anualmente é desperdiçado, no mundo, o equivalente a US$ 750 bilhões em alimentos. Entre as principais razões, estão a contaminação e o descarte de frutas, legumes e verduras considerados abaixo desse padrão de mercado.

Ainda de acordo com a FAO, um terço (300 milhões de toneladas) dos alimentos produzidos no mundo é desperdiçado. O diretor executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Achin Steiner, fez um alerta. Segundo ele, “a comida que jogamos fora ainda serve para o consumo humano e poderia alimentar mais de 800 milhões de pessoas”.

Preocupada com essa quantidade enorme de desperdício de alimentos, a deputada federal Iracema Portella (PP-PI) apresentou, na Câmara dos Deputados, a Indicação nº2092, de 25 de fevereiro de 2016, ao Executivo, sugerindo a adoção de providências para estimular os agentes econômicos envolvidos na produção e comercialização de frutas, legumes e verduras a fazerem um aproveitamento dos alimentos que apresentem características consideradas abaixo do padrão exigido pelo mercado.

A deputada justificou também que, preocupados com a segurança alimentar e visando combater o desperdício de alimentos, países como Portugal e França têm promovido campanhas publicitárias maciças, incentivando o consumo de produtos agrícolas considerados fora dos padrões estéticos para a comercialização.

Em Portugal, por exemplo, a cooperativa “Fruta Feia” evita, semanalmente, o descarte de quatro toneladas de frutas e vegetais. A cooperativa adquire mercadorias consideradas “feias” de produtores locais e os revende a comerciantes, que os oferecem ao consumidor final por metade do valor de mercado.

Seguindo o exemplo de Portugal, supermercados franceses estão vendendo, com sucesso, frutas, verduras e legumes que seriam descartados. Somente em um ano, conforme Nicolas Chabanne, cofundador da marca Les Gueules Cassées (as caras quebradas), foram vendidas 10 mil toneladas de alimentos esteticamente inadequados, a preços cerca de 30% a 60% inferiores aos de mercado.

“Preocupada com o desperdício de alimentos no Brasil, tomei a iniciativa de sugerir aos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Desenvolvimento Social e Combate a Fome, a adoção de providências com vistas a estimular os agentes econômicos envolvidos na produção e comercialização de frutas, legumes e verduras, no sentido do aproveitamento dos exemplares com características consideradas abaixo do padrão exigido pelo mercado, mas que ainda se mostrem apropriados para o consumo humano”, esclareceu a parlamentar piauiense.

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Assessoria de Imprensa
Deputada Federal Iracema Portella (PP-PI)
Anexo IV - Gab. 924

Câmara dos Deputados - Brasília/DF

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