Segundo
a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO),
anualmente é desperdiçado, no mundo, o equivalente a US$ 750 bilhões em
alimentos. Entre as principais razões, estão a contaminação e o descarte
de frutas, legumes e verduras considerados abaixo desse padrão de
mercado.
Ainda
de acordo com a FAO, um terço (300 milhões de toneladas) dos alimentos
produzidos no mundo é desperdiçado. O diretor executivo do Programa das
Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Achin Steiner, fez um
alerta. Segundo ele, “a comida que jogamos fora ainda serve para o
consumo humano e poderia alimentar mais de 800 milhões de pessoas”.
Preocupada
com essa quantidade enorme de desperdício de alimentos, a deputada
federal Iracema Portella (PP-PI) apresentou, na Câmara dos Deputados, a
Indicação nº2092, de 25 de fevereiro de 2016, ao Executivo, sugerindo a
adoção de providências para estimular os agentes econômicos envolvidos
na produção e comercialização de frutas, legumes e verduras a fazerem um
aproveitamento dos alimentos que apresentem características
consideradas abaixo do padrão exigido pelo mercado.
A
deputada justificou também que, preocupados com a segurança alimentar e
visando combater o desperdício de alimentos, países como Portugal e
França têm promovido campanhas publicitárias maciças, incentivando o
consumo de produtos agrícolas considerados fora dos padrões estéticos
para a comercialização.
Em
Portugal, por exemplo, a cooperativa “Fruta Feia” evita, semanalmente, o
descarte de quatro toneladas de frutas e vegetais. A cooperativa
adquire mercadorias consideradas “feias” de produtores locais e os
revende a comerciantes, que os oferecem ao consumidor final por metade
do valor de mercado.
Seguindo
o exemplo de Portugal, supermercados franceses estão vendendo, com
sucesso, frutas, verduras e legumes que seriam descartados. Somente em
um ano, conforme Nicolas Chabanne, cofundador da marca Les Gueules
Cassées (as caras quebradas), foram vendidas 10 mil toneladas de
alimentos esteticamente inadequados, a preços cerca de 30% a 60%
inferiores aos de mercado.
“Preocupada
com o desperdício de alimentos no Brasil, tomei a iniciativa de sugerir
aos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do
Desenvolvimento Social e Combate a Fome, a adoção de providências com
vistas a estimular os agentes econômicos envolvidos na produção e
comercialização de frutas, legumes e verduras, no sentido do
aproveitamento dos exemplares com características consideradas abaixo do
padrão exigido pelo mercado, mas que ainda se mostrem apropriados para o
consumo humano”, esclareceu a parlamentar piauiense.
Assessoria de Imprensa
Deputada Federal Iracema Portella (PP-PI)
Anexo IV - Gab. 924
Câmara dos Deputados - Brasília/DF
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