Único jogador profissional da seleção da Oceania convive com a preocupação de não fazer uma campanha vergonhosa no torneio
O meia Marama Vahirua é o craque da seleção do Taiti. No entanto, é também um estreante no time dos "Guerreiros de Aço". Aos 33 anos, o único jogador profissional do elenco comandado pelo técnico Eddy Etaeta vai defender pela primeira vez o seu país. O jogo desta segunda-feira, contra a Nigéria, no Mineirão, às 16h (de Brasília) será a sua estreia oficial. E justo no ponto mais alto do futebol taitiano: a primeira participação em uma competição internacional.
Enquanto fazia carreira no futebol francês, os compromissos o impediram de representar o Taiti. Agora, a missão não será fácil. Vahirua terá que usar a experiência de profissional, atualmente defende o Panthrakikos, da Grécia, para tentar impedir, como ele mesmo admite, que o time da Polinésia francesa faça um papel ridículo na Copa das Confederações, deixando o campo goleado em todas as partidas.
- Muitas perguntas já foram feitas, mas não são apenas como vamos lidar, mas como consegui melhorar o nosso futebol. Nossa seleção joga pelo prazer, mas eu jogo porque é a minha profissão. Não queremos ser ridículos, queremos mostrar que temos um papel a exercer - frisou.
Não que Vahirua tenha uma carreira internacional de tanto sucesso assim. Ele jogou por muito tempo no futebol francês, mas sempre como coadjuvante em clubes de segundo escalão. No entanto, no meio de um grupo de amadores, em que muitos jogadores têm outra profissão para viver, ele é uma referência. E esse papel é algo que ele tenta assumir.
- Sou o único jogador profissional do Taiti e tentei trazer a minha experiência. É tudo muito novo, nunca vivenciei isso. Nunca participei de uma competição assim. Estou tentando não ser tímido, porque será a primeira vez de todos nós - explicou.
Vahirua, um gênio?
Marama deixou o Taiti ainda jovem, aos 18 anos, para tentar a carreira de jogador de futebol na França. Chegou ao Nantes, onde conseguiu se estabelecer. Ele tentou seguir os passos do primo Pascal, que jogou pela seleção francesa na Eurocopa de 1992. Foram anos na França, com passagens por Nice, Lorient, Monaco e Nancy, e alguns lances e gol bonitos, que renderam até um vídeo, provavelmente feito por algum fã, que chega a chamar o jogador taitiano de ‘gênio’.
Por: Tarcisio Badaró
Belo Horizonte
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