quarta-feira, 6 de março de 2013

Venezuela prepara homenagens para Hugo Chávez

A Venezuela prepara nesta quarta-feira (6) as homenagens para o presidente Hugo Chávez, que morreu na véspera após lutar contra o câncer. O governo determinou 7 dias de luto oficial.

Segundo o ministro venezuelano de Relações Exteriores, Elias Jaua, o corpo de Chávez deve ser levado na manhã desta quarta para a Academia Militar de Caracas, onde será velado. O traslado, ainda sem hora definida, deve ser um cortejo "acompanhado por todo o povo", 


"Agora se produziu uma falta absoluta [do presidente], assume o vice-presidente o poder como presidente, e eleições vão ser convocadas nos próximos 30 dias", disse Jaua na TV Telesur.
"Essa é a ordem que nos deu o comandante presidente Hugo Chávez."
Ele não deixou claro se isso significava que seria realizada dentro de 30 dias ou apenas se ela seria convocada nesse período.
A Constituição da Venezuela prevê que, no caso de morte (falta absoluta) do presidente, o governo seja assumido pelo presidente da Assembleia, o também governista Diosdado Cabello, mas há outras interpretações.
Aguarda-se que o Tribunal Supremo de Justiça, principal corte venezuelana, se pronuncie sobre o tema.
Cenário eleitoral
O cenário mais provável da eleição é que Nicolás Maduro seja o candidato do PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela, chavista) e que Henrique Capriles seja o candidato das oposições.
Uma recente pesquisa de opinião mostrou Maduro com ampla liderança sobre Capriles, em parte porque ele recebeu a "bênção" de Chávez como seu herdeiro.
É provável ainda que ele se beneficie da comoção nacional provocada pela agonia e morte do presidente.
Maduro tem sido um aliado próximo de Chávez há anos e seria muito pouco provável que fizesse grandes mudanças políticas.
Alguns têm sugerido que ele poderia tentar aliviar as tensões com investidores e o governo dos EUA, embora, horas antes da morte de Chávez, Maduro tenha afirmado que os "imperialistas" inimigos tinha infectado o presidente com o câncer como parte de uma série de conspirações com os adversários internos. Dois adidos militares americanos foram expulsos pelo governo acusados de "conspiração".
Uma vitória de Capriles traria profundas mudanças à Venezuela e seria bem recebida por grupos empresariais e investidores estrangeiros, embora seja provável que ele agisse de forma cautelosa para reduzir o risco de violência e instabilidade política.


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