A
deputada federal Iracema Portella (PP-PI), registrou em Plenário, seu
lamento pelo estudo inédito recente divulgado no Brasil, realizado pela
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que mapeou o consumo de
crack e cocaína no País. Segundo o levantamento, o Brasil tem cerca de
2,6 milhões de usuários dessas substâncias.
Para
a deputada, um dado da pesquisa que chamou atenção e é muito
preocupante, foi que apesar de os homens serem líderes no uso de crack e
cocaína, entre as mulheres o índice de dependência foi maior: 54%.
Entre os homens, esse número foi de 46%.
Iracema
lamentou que, segundo os especialistas, o organismo das mulheres é mais
vulnerável à ação das drogas. Isso explicaria o fato de elas serem
maioria entre os viciados em crack e em cocaína.
Um
dos fatores que estão por trás disso são os hormônios femininos,
sobretudo o estrogênio, que potencializa os efeitos da droga, tornando-a
mais prazerosa, de acordo com os estudiosos do assunto.
“Essa
constatação evidencia que precisamos lançar um olhar especial para as
mulheres usuárias de crack e cocaína. Ainda são escassos, no Brasil, os
serviços especializados de acolhimento e tratamento dessas mulheres, que
necessitam de uma abordagem diferenciada”, disse.
Para
a deputada piauiense, é preciso intensificar a luta contra as drogas,
principalmente melhorar as políticas públicas de prevenção, tratamento,
reinserção social e repressão ao tráfico. Segundo a deputada, essa
atenção deve ultrapassar o caráter meramente assistencial, evoluindo na
direção da devida articulação federativa no que diz respeito à oferta de
um atendimento integral que promova o efetivo acolhimento, o tratamento
e a reinserção social do usuário de drogas.
“O
nosso grande desafio é colocar em prática um Sistema que realmente
funcione, que consiga chegar até os dependentes químicos e suas
famílias.
Portanto,
a nossa luta não é simples. É uma tarefa das mais complexas. Mas
precisamos seguir adiante, unindo forças, experiências, conhecendo cada
vez mais a realidade dos usuários de drogas e, sobretudo, tendo vontade
política para transformar esse cenário”, concluiu a parlamentar
piauiense.
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