A deputada federal Iracema Portella (PP-PI), se mostrou bastante otimista com os dados divulgados nesta quinta-feira (23), pelo Ministério da Saúde, onde se observa uma redução de 19% na mortalidade materna. O cálculo de todo o ano de 2011 ainda está em fase de conclusão.
"O Governo Federal prevê para 2011 a maior queda da mortalidade materna dos últimos dez anos. De 1990 a 2010, a taxa de mortalidade materna no Brasil caiu de 141 para 68 mulheres para 100 mil nascidos vivos", comenta Iracema. Esta redução é resultado da ampliação do acesso ao pré-natal. Atualmente, 98% dos partos são feitos em hospitais e 89% por médicos.
O Brasil precisa, cada vez mais, dar prioridade na qualidade do atendimento, pois assim consegue-se manter a tendência de queda. As mortes maternas são um grave problema de saúde pública no Brasil, e sabemos que em mais de 90% desses casos, elas são evitáveis, constata a deputada.
No Brasil, a taxa de mortalidade materna está em torno de 74,6 óbitos em cada 100 mil nascidos vivos. No nosso estado, o Piauí, infelizmente, esse número chega a 80,3. Iracema lamenta que no Nordeste e o Sudeste concentram-se o maior número de mortes maternas. Das 1.617 mortes notificadas em 2010, 1.106 ocorreram nas duas regiões. No Norte, foram 193, no Sul, 184, e no Centro-Oeste, 131.
A partir de abril, o Governo iniciará o pagamento de R$ 50 para ajudar as gestantes no deslocamento até as maternidades do Sistema Único de Saúde (SUS). O valor será pago por meio de um cartão magnético da Caixa Econômica Federal.
“Iniciativas responsáveis são capazes de reverter esse lamentável quadro. É essencial melhorar o atendimento das mulheres durante todo o pré-natal, o parto e o pós-parto, com uma atenção humanizada na rede pública de saúde. Não medirei esforços na luta para que programas como este realmente saiam do papel. São ações simples que salvam vidas. Acredito ser este o caminho”, conclui Iracema.
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